14.30 - Assembleia (simulação) 20.00 - Jantar-Conferência com o Dr Vasco Graça Moura
Pergunta a ...
Na UV 2006, todos os participantes tiveram a possibilidade de dirigir perguntas escritas aos conferencistas e a personalidades que se associaram a esta iniciativa. De entre as perguntas que lhes eram destinadas, os nossos convidados escolhiam duas para dar resposta e para serem publicadas no JUV.
Aqui podem ser consultadas não só as perguntas seleccionadas pelos convidados e as respectivas respostas mas também todas as restantes que não chegaram a ser publicadas.
No nosso processo de formação política enquanto jovens é muitas vezes referida a necessidade de conduzir com responsabilidades que assumimos até ao fim. Contudo, o facto de ter deixado o cargo de Primeiro-Ministro quando o país atravessava uma fase difícil e de não ser considerado como uma das primeiras escolhas para o cargo que actualmente ocupa, contradiz tudo isto. Considera que pode ser considerado um mau exemplo no que diz respeito a estabilidade, capacidade para resolver e ultrapassar os problemas e de abandonar aqueles que lhe deram a confiança e que acreditavam em si?
Como Presidente da Comissão Europeia, como prevê o futuro da construção europeia - política e ecónomica - tendo em conta os recentes desenvolvimentos, nomeadamente a proposta do Tratado Constitucional?
A Rússia representa para a estabilidade da Europa uma potencial ameaça. Sem gáz a Europa sofre o frio característico da Rússia, como pode a União Europeia salvaguardar-se desta ameaça centralizada, no qual a Alemanha já caiu? E como ser autosuficiente neste importante recurso?
Após este período e mediante os acontecimentos internos posteriores à sua saída, considera benéfico para o país a sua nomeação como Presidente da Comissão Europeia em detrimento do cargo de Primeiro-Ministro de Portugal?
Será plausível manter a componente social do projecto da União Europeia, sabendo que os principais concorrentes, designadamente os EUA e o bloco constituído pelos países emergentes da Ásia-Pacífico, desprezam ou subalternizam a referida vertente em prol da maior competitividade da economia?
Qual a sua opinião sobre o espaço lusófono e a posição de Portugal, enquanto possível mediador entre este e a União Europeia? E quais as possíveis trocas culturais e económicas?
Visto a revisão ao Tratado Europeu ter sido emperrado em países que foram os pioneiros da CEE, como a França, qual é o futuro a longo prazo da UE? Será ainda possível a constituição do super Estado Europeu (Federação), com a constituição de um governo e Constituição própria? Será esse o caminho Europeu?
Como lida com o facto de grande parte dos portugueses acharem que "abandonou" o país numa altura consideravelmente crítica para o desenvolvimento económico do país? Que mensagem enviará a essas pessoas?
Com a possível aprovação do Tratado Europeu, quais são os principais desafios que Portugal irá confrontar, na tentativa dinâmica de aproximação do nível de crescimento dos países da U.E.? A presidência portuguesa conseguirá com a provável aprovação do Tratado de Lisboa, afirmar-se no meio da Comunidade Europeia?
Estando perante a 1ª Presidência Portuguesa da União Europeia desde que assumiu as funções de Presidente da Comissão, quais são as suas expectativas em relação à performance do Governo?!
Pouco tempo depois de aceitar o convite para ser Presidente da Comissão Europeia o Parlamento foi dissolvido. Acha que se Pedro Santana Lopes, ao invés de assumir funções, tivesse sido automaticamente sujeito a sufrágio para que o seu poder fosse legitimado, será que teria naquela altura ganho as eleições a Sócrates? Ou acha que o facto de Santana ter ido ao Palácio de Belém apresentando a alternativa a Henrique Chaves e quando recebeu a notícia da dissolução, enquanto precisamente ao mesmo tempo seguindo os meios de comunicação social, Sócrates e o núcleo duro do PS estavam reunidos no Largo do Rato é um forte indício de que estava tudo preparado?
Hoje, a União Europeia legisla sobre quase todas as áreas da nossa vida. Não existe o perigo de a UE se tornar num Big Brother não sufragado democraticamente?