14.30 - Assembleia (simulação) 20.00 - Jantar-Conferência com o Dr Vasco Graça Moura
Pergunta a ...
Na UV 2006, todos os participantes tiveram a possibilidade de dirigir perguntas escritas aos conferencistas e a personalidades que se associaram a esta iniciativa. De entre as perguntas que lhes eram destinadas, os nossos convidados escolhiam duas para dar resposta e para serem publicadas no JUV.
Aqui podem ser consultadas não só as perguntas seleccionadas pelos convidados e as respectivas respostas mas também todas as restantes que não chegaram a ser publicadas.
Qual é a sua opinião acerca das políticas mais recentes do actual governo, nomeadamente a atribuição de portáteis com ligação a internet a preços irrisórios?
Considera que o papel atribuído a Educação tem sido fundamental e o mais apropriado no sentido de contribuir para uma construção eficiente e sustentada da sociedade?
Concorda com o novo regime jurídico, para Instituições do Ensino Superior, nomeadamente quanto à possibilidade de estas se transformarem em Fundações Públicas de Direito Privado?
Uma vez que Portugal ainda continua na "cauda" da Europa, no que à formação dos portugueses diz respeito, o que entende sobre o aumento da escolaridade obrigatória até ao 12º ano?
Os variados Governos dos últimos anos têm tentado dar atenção à implementação das novas tecnologias da informação nas escolas. Uns com a Paixão pela Educação, outros com choques tecnológicos para as Escolas. Pela minha experiência de contacto com as escolas, temos assistido a uma política de colocar computadores nas escolas e esquecer tudo o resto a Assistência, formação, manutenção, actualização. Como alterar esta situação?
Que iniciativas/ medidas considera ser urgente tomar sobre o insucesso e abandono escolar e quais são as causas que na sua opinião estão na base deste problema?
O que está a acontecer com o regime dos RVCC, no âmbito das " Novas Oportunidades" não será um embuste, apenas para empolar as estatísticas oficiais, sem uma verdadeira correspondência ao nível das qualificações?
Os cursos de formação financiados por fundos europeus quase sempre não passam de uma forma absolutamente espúria de pretender passar por ensinamentos meras vacuidades. A qualidade dos formadores é deplorável, pois que a maior parte deles consegue alçapremar-se a esse estatuto comprando um certificado de aptidão por menos de cem contos em apenas um mês. Que acha de associar as instituições de ensino a este desígnio, conferindo credibilidade e rigor à formação profissional e ao próprio financiamento destes cursilhos?
Os professores do ensino básico e secundário são sujeitos a estágios profissionais antes de exercerem o múnus do ensino, a que acresce a vertente pedagógica ministrada no percurso académico. No ensino superior, que por definição deveria ser muito mais exigente, o critério rector é o da classificação final de curso e o do convite. Não obstante o aluno, enquanto tal, ter sido bem classificado, isso não tem a virtualidade de o tornar um bom pedagogo. Quid iuris?
A massificação no acesso à Universidades não poderá ter o efeito nefasto de as banalizar, retirando-lhes o carácter de excelência que é seu ágio e timbre, tornando-as do mesmo passo uma espécie de linha de produção em massa de quadros técnicos intermédios, de índole essencialmente profissionalizante?
Como explica uma boa formação profissional (financiada pela UE e Estado Português) com os atrasos que existem no pagamento dos honorários dos formadores (em certos casos - anos de espera!)?
O acesso e qualidade da educação são encaradas hoje como um elemento primordial ao desenvolvimento humano, Portugal com uma das mais elevadas taxas de analfabetismo europeias, tem protagonizado um esforço e uma aposta financeira na formação respeitável. No entanto, apesar deste esforço os conteúdos programáticos são alterados de forma continuada, atribuindo uma instabilidade educacional consoante “capriches políticos”, de que forma poderia o ensino português ultrapassar este tipo de obstáculo?
Nos países pobres de África os impostos são muito elevados para que os seus governantes possam mostrar aos países que lhes emprestam dinheiro que estão a fazer um esforço por arranjar dinheiro para pagar as dívidas. Mas, assim a Economia não cresce porque ninguém quer investir num país com impostos elevados. A pergunta é: Qual a solução para estes países? Devem os países ricos perdoar as dívidas? Isso será suficiente para o problema?
Temos assistido à frequente descredibilização da social- democracia no nosso país, sobretudo na comunicação social (imprensa escrita). Será a transversalidade do nosso partido factor de união entre classes, uniões e praxis política a nossa maior vulnerabilidade?
Com a implementação do Processo de Bolonha e a criação de um Mercado Universitário Europeu, não será inevitável que cada vez mais o Ensino Universitário seja feito numa língua franca, nomeadamente, em inglês?