Carlos Coelho deu a aula sobre globalização, apresentando a sua posição sobre o tema e envolvendo os alunos numa dinâmica de reflexão, tendo presentes as diferentes abordagens ao tema.
 
Para explicar a Globalização aos alunos da UV2007,  o Deputado ao Parlamento Europeu, levou os alunos até aos primórdios da presença humana na terra, fazendo-os perceber a forma como a demografia e outras condicionantes determinaram o fenómeno.
 
Carlos Coelho começou por explicitar que a globalização tem vários domínios. Assim, numa apresentação que prendeu a atenção dos alunos, apresentou as diversas áreas onde a marca da globalização é um dado adquirido. O Deputado Europeu falou sobre a globalização da Informação, globalização da informática, da Economia, da Cultura, da Saúde, da Moda, do Ambiente, da Demografia, e mesmo da própria Globalização do Crime.
 
Após a apresentação de exemplos em cada um dos domínios referidos, o Deputado lançava o apelo à reflexão: “A Globalização: é algo positivo ou é algo negativo?”
 
Carlos Coelho informou os alunos que os países do mundo, também para combater alguns dos efeitos menos positivos da globalização, têm vindo a aprofundar a sua integração em diversos blocos regionais: UE, ASEAN, NAFTA, Mercosul, UA, CEI, ou ALCA.
 
Ao terminar a sua aula, Carlos Coelho fez salientar que “vivemos hoje num mundo desigual” e lembrou os alunos que estes, felizmente, estavam do lado “bom”, mas que o outro mundo, bem mais agreste para com a espécie humana, existe.
 
Seguidamente, seguiu-se um rico e animado período de perguntas e respostas, tendo Carlos Coelho respondido a todas as dúvidas dos alunos e trocado pontos de vista com os alunos.
 
Durante a tarde (livre), os alunos tiveram uma visita à vila de Castelo de Vide, que acolhe a quinta edição da Universidade de Verão. A visita à vila, castelo e centro histórico tinha sido anunciada como facultativa, nesta “tarde livre” de actividades, mas o resultado foi uma adesão quase total por parte dos alunos.
 
O Conferencista da noite foi o Prof. Paulo Mota Pinto. O distinto professor, que foi Juiz do Tribunal Constitucional até Abril do corrente ano, conseguiu saciar a enorme vontade de conhecer e de aprender revelada pelos alunos da Universidade de Verão de 2007. As perguntas, uma por Grupo, foram prontamente respondidas por Paulo Mota Pinto.
 
Assim, questões de enorme pertinência foram sendo colocadas pelos alunos ao longo da noite.
 
O papel do próprio Tribunal Constitucional como um elemento introdutor de morosidade na justiça, a “perseguição a indivíduos que mais tarde vêem a sua inocência provada”, a forma de tratamento e dissuasão de “crimes ambientais perpetrados por empresas”, a recente nomeação para Ministro de um juiz recém-eleito para o Tribunal Constitucional, a “independência do Ministério Público face ao poder político”, os “recursos humanos ao serviço da justiça”, ou “condições em que uma profunda revisão constitucional seria possível”, foram apenas alguns dos temas sobre os quais foi pedida uma resposta ou uma opinião por parte do convidado.

Esta foi mais uma conferência onde as questões colocadas foram respondidas e discutidas sem tabus.